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Oclusão Venosa da Retina

O que é Oclusão Venosa da Retina?

oclusão da veia central ou do ramo da veia central da retina é muito observada pelo especialista em retina. Existem dois tipos de oclusão venosa da retina: oclusão de ramo da veia retiniana (ORVR) e oclusão da veia central da retina (OVCR). É importante a diferenciação destas duas entidades pelo especialista em retina pois o tratamento apresenta-se diferente.

Oclusão de Ramo da Veia Retiniana (ORVR)

O que é oclusão venosa da retina?

Oclusão venosa da retina ocorre quando a veia da retina é obstruída por um trombo. Quando ocorre a oclusão, o sangue levado pela artéria não tem como ser drenado, e sendo assim este começa a extravasar dentro da retina causando sangramento e “inchaço” da retina, levando assim diminuição da visão. A doença pode acometer pacientes jovens e  idosos.

A oclusão venosa da retina colesterol elevado, diabetes, hipertensão arterial sistêmica, cigarro, doença cardíaca, doenças inflamatórias e infecciosas, alteração da coagulação e viscosidade sanguínea e glaucoma. Sendo assim, o paciente deve ser encaminhado ao médico especialista para investigação destas doenças.

Diagnóstico

O diagnóstico consiste no exame de mapeamento de retina associando a angiografia de retina, e tomografia de coerência óptica (OCT). Abaixo o exame de OCT de um paciente com oclusão de veia central da retina. O exame mostra inchaço da retina com cistos.

A redução da visão ocorre quando há acometimento da mácula e ou há desenvolvimento de vasos anormais no fundo do olho que causam hemorragias e com isto obscurecimento visual.

Alguns pacientes se queixam de aparecimento de “teias de aranha” como sintoma de início de sangramento.

Tratamento

O tratamento vai depender se há sangramento dentro do olho ou edema da mácula.

Dentre os tipos de tratamento disponíveis temos o que utiliza laser e ou medicação injetada dentro do olho, como: triancinolona e antiangionênicos como Lucentis e Avastin e até vitrectomia pars plana. Embora injeção dentro do olho possa soar doloroso, ela é relativamente segura de ser realizada, praticamente indolor e bastante tolerável.

Devido a ORVR ter a capacidade de gerar complicações futuras como inchaço de retina, sangramento dentro do olho e até descolamento de retina, exames regulares de mapeamento de retina devem ser realizados.

Oclusão da veia central da retina (OVCR)

O que é OVCR?

É a oclusão da parte final da veia da retina, localizada no nervo óptico, que drena o sangue da retina. Os fatores sistêmicos para a oclusão de ramo mencionados acima também são fatores de risco para oclusão de veia central da retina. Sendo assim, é recomendado que ampla solicitação de exames laboratoriais com intuito de detecção destas doenças, principalmente se a oclusão for nos dois olhos.

Existem duas formas de oclusão: a isquêmica e a não isquêmica a depender do grau de obstrução da veia. A diferenciação entre as duas formas é de extrema importância porque pode apresentar gravidade de evolução diferente, já que a forma isquêmica tem evolução mais grave porque pode gerar neovascularização e até predispor o desenvolvimento de glaucoma. Nestes casos, o tratamento a laser é fundamental. Pacientes com o episódio de acontecimento recente devem ser acompanhados frequentemente com o objetivo de detecção precoce e tratamento desta complicação.

O aparecimento de edema de mácula e de não perfusão também pode acontecer na oclusão de veia central, causando perda visual grave.

Exames

Os exames complementares que podem ajudar no diagnóstico e tratamento desta entidade são a angiografia, campo visual, eletroretinografia e tomografia de coerência óptica.

Tratamento

O tratamento desta doença envolve desde a aplicação de laser até uso de medicamentos intraoculares, como triancinolona e antiangiogênicos como Avastin e Lucentis e cirurgia de Vitrectomia pars plana a depender dos resultados dos exames clínicos e complementares.

O vídeo abaixo mostra como é realizado o tratamento a laser para causar a regressão dos vasos anormais e impedir o sangramento e o descolamento de retina.

Fonte: Prof. Dr. Rony Carlos Preti